Continuamos a andar mas para mim era tudo escuridão....
Entendia que o meu amigo estava morto, não tinha dúvidas quanto a isso, conheço os 5 estados da dor, embora curiosamente não me tenham afectado, saltei logo para a aceitação...
Bem, talvez isso não seja totalmente verdade, ainda sinto raiva, para mim mesmo por o deixar na estrada, por Vayne por não ter cuidado, e por Lizzie por..bem...sinto raiva por Lizzie mas ainda não sei porquê...
E não é como se tivesse razões para ter raiva dela, quando confrontada com o perigo, reagiu, primeiro salvou-nos e depois, como eu, salvou a própria pele...fiz o mesmo, mas então porque me zango?
Pensamentos como estes passaram-me pela mente enquanto andávamos, na verdade, o que mais me incomodava, não era ter raiva dela, não! O que me incomodava era o...bem, a maneira desconfortável como me sinto em relação a ela...
Bem à atracção, disso não tenho dúvida, também à uma certa química, mas isso não muda o facto, até à pouco tempo, detestava-a, porque a adoro?
Finalmente parámos, devemos ter andado mais do que eu pensava pois já escurecia quando chegámos, ou então andamos lentamente, um dos dois, qual não sei...
Estávamos em frente a um prédio daqueles pequenos, 3/4 andares, os vidros da porta estavam partidos, e a tinta estava degradada, Lizzie tocou à campainha 4 vezes, uma voz disse:
- Quem é?
Lizzie identificou-se e, apesar de não haverem provas as portas foram abertas, a segurança neste local era fraca, no terceiro andar haviam duas pessoas, com facas de cozinha, quando nos viram sorriram e deixaram-nos passar, entrámos num dos apartamentos e de imediato fui abraçado...
Mas que raios se passava aqui?
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