segunda-feira, 30 de maio de 2011

Survival Night - Capitulo 6


Para responder à vossa questão, sim, funcionou, não sou tão sádico assim a ponto de o ter morto, mesmo que não intencionalmente, também não havia descansado, tão preocupado estava, e, verdade seja, mal conseguira mexer-me, já que, como um fardo, não me podia mover livremente, com medo de uma infecção por parte do miúdo…

Ou antes rapaz, que com os seus 17 anos não se é miúdo, mas estou a dispersar…de novo, avancemos…

Dois dias haviam passado desde a nossa “operação” improvisada, depois de rebolar, o fogo havia sido apagado, Mark já não sangrava, mas não tinha ganho nada, no lugar de cortes tinha queimaduras, nada muito grave, penso eu, talvez umas quantas de segundo graus, mas nada que não pudesse tratar.

Reedy tinha insistido em ir ao hospital, mas eu recusei, na verdade a ideia nem me passou pela mente, porque afinal, bastava um infectado, e todo o hospital seria infectado, mas talvez não fosse assim tão mau…a inconsciência, a “imortalidade” provisória…mas não…a racionalidade, assim como a minha humanidade são importantes,e bons.

Seja como for, estou a enrolar, obriguei o tipo a seguir-me (apesar das suas lamurias) de volta a minha casa, não fomos muito longe, as queimaduras fizeram-no cair, ai fim de alguns minutos…

E prontos, aqui estávamos, calculo que tenhamos avançado uns 300 metros, percorri-os em meia hora, quando vinha para cá, mas era um tempo razoável, já que avançava-mos a cerca de 90 a 100 metros por dia, pausas constantes, água e comida, que já se estava a esgotar, e descanso…caramba, nada corria como previsto! Ainda nos faltavam quase 500 metros, assim nunca mais!

Mas nesse momento, milagre! Como se fosse um Truque de escrita de um escritor ranhoso, fomos salvos pelo imprevisto, apareceu um dos meus colegas…a Lizzie!
Andava a pé, com uma camisola sem alças, suor escorria-lhe pela cara , enaltecendo-lhe as expressões, não sei se foi da esperança ou do cansaço mas nesse momento ela pareceu-me…linda.

Nunca tinha reparado muito nela, sinto-me culpado por isso, era uma rapariga normal…acho eu, cabelo preto, morena, olhos verdes, era mais alta do que eu, mas quem não era? Parecia perdida, abanando os braços chamei-a, abanando os braços desenfreadamente, era não só alguém para me ajudar como era o primeiro contacto com o mundo exterior que tinha em 3 dias, não muito tempo, mas muito podia ter acontecido com o apocalipse e tal…

Ela pareceu ter-me visto, e  avançou na minha direcção, depois aproximou-se e perguntou-me com um olhar de dúvida na cara:

- Mick?

Sentia-me como um hipócrita e ia ter muito que explicar…

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Little crazy town!

Ok, veio-me de repente este título à mente, e vou escrever uma história à base do titulo, ainda não sei nada, nem sequer personagens, ou enredo, mas vou inventando pelo caminho!



Eu andava por ai, sabem, a fazer coisas! Que tipo de coisas? Bem pode parecer infantil, mas a saltitar por ai como um duende...

E sim, um duende mesmo, sei que normalmente são vistos como lendas, mas aqui na minha pequena cidade maluca são uma visão constante, esses e outros...

Anões, gigantes, aldeões, piões (apesar de ser uma cidade) e muitas outras coisas acabadas em ões (menos coisas obcenas) vivem nesta terra....

A minha pequena cidade maluca, onde se como pelo peito e se bebe pelas mãos a minha pequena cidade maluca onde a água é vermelha e o céu é verde, o azul esse, só nos olhos dos duendes...

Aqui ouvir é pelos olhos, sentir é pela boca, tudo é estranho na minha cidade maluca

Uma terra às cores, onde tudo é lindo, a saltitar a saltirar eu ando, sorrindo...

Na minha bela e linda cidade, embora pequena, mas muito, muito maluca...!

Informação...

Pois...estive a reler (mais uma vez) os meus testos, acompanhado por um amigo, e ele mencionou que a história que eu adoro, a minha querida história, Survival Night continha elementos subliminares sobre...os meus colegas...Enfim, apesar de ser ficção...

Portanto em meu nome quero pedir a todos:


"DESCULPA!"

Com isto fora do caminho vou justificar-me...

Naquela altura estava fulo com os meus "colegas", e fulo com o mundo...na verdade estava fulo com tudo o que era vivo, com o tempo acalmei-me...e parece que as emoções dos escritores entram na história...assim o novo capitulo será sobre redenção...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Survival Night - Capitulo 5

Suspiro, aborrecido, pois, a operação...com o silêncio súbito quase me esquecia

A sério! Caramba, todos os sons desapareceram, nem a gravilha a arrastar, nem gemidos ao longe, a sério! Quer dizer,  pode parecer parvo, mas parecia...parecia que  tudo tinha parado para ver o que iria fazer!

Continuava nervoso, suor continuava a escorrer-me, o rapaz estava inconsciente, verdade, tinha sido eu que o havia metido nesta inconsciência, mas nunca fui muito forte e não sabia quanto tempo duraria...

A gaze agora estava inútil, a ferida estava limpa, mas desinfectada? Disso não poderia ter a certeza, e como poderia, acaso carregava um microscópio no bolso, não, já disse que só trazia o essencial, tinha alguns bens que não pude carregar, mas isso agora não interessa, a gaze estava inutilizada, e não usaria outra, teria que arriscar uma  infecção.

Ainda bem que ele tinha o agrafador, seria útil, olhando a ferida vi as bordas vermelhas em forma de ondas, a afastarem-se da ferida, que era um buraco a ganhar um tom esverdeado, era nojento, mas já tinha visto coisas piores em decumentários...

A gaze tinha retirado a gravilha, assim como as pedras e a terra, estava pronto a fazer isto, o sangue, que tinha molhado a gaze, parecia estar a reduzir o fluxo, não tinha luvas, excepto para o frio, já que 90% do calor corporal desaparecia através das extremidades, e não as ia estragar, também não tinhas as mãos propriamente limpas, mas estes pensamentos não interessavam, tinha que o fazer...

Peguei nas bordas da ferida, aquelas avermelhadas e uni-as, como se fossem lábios. Uma espécie de muco saiu desses "lábios" e tornou-os escorregadios, mas não os larguei, continuei a segurá-los com uma mão e com a outra agrafei a ferida com 4 agrafes...

Senti o corpo estremecer, e começar a abanar, o tipo não tinha acordado, mas estava perto...

Agora a sarar a ferida, não sabia se isto iria funcionar, era só uma conjectura, mas mesmo assim filo, espalhei óleo na ferida e deite-lhe fogo....

O tipo acordou imediatamente, a sério, mal tive tempo de largar-lhe o corpo! Começou a gritar e a abanar, tentou levantar-se, eu entrei em pânico, procurei na sua mala e atirei-lhe toda a água de uma garrafa que ele trazia...


Foi algo estúpido, o óleo a arder espirrou e incendiou-lhe as calças e a cara, ele começou a gritar mais, tinha que me lembrar de como apagar este fogo, mas como é que o faria, com ele aos gritos?

- CALA-TE! - Gritei-lhe, mas ele ignorou-me, eu entendia, quer dizer, devia ser bastante doloroso, mas que espalhafaço ele fazia, tentei concentrar-me, sim...primária, um dos últimos tempos em que tinha sido feliz, lentamente os gritos desapareceram enquanto me recordava...


3º Ano, mesmo nessa altura era magro e pequeno, embora obviamente, mais do que agora, ao contrário de actualmente as minhas faces estavam morenas e rosadas, estava na sala de aula, e a professora tentava acalmar-nos:

- Vamos meninos, vamos a acalmar, tenho aqui uma pessoa que gostaria de falar convosco...


Acalmámos-nos, pelo menos temporariamente, a curiosidade natural de criança a parar-nos, depois de umas apresentações de "Olá meninos", e tal apareceu um bombeiro...


Vestia o uniforme, vermelho e branco com o boné de metal, decerto que viram o uniforme em filmes, portanto não o vou descrever, de qualquer maneira não tenho pachorra, passei rapidamente o discurso até chegar à parte que me interessava:

- Num fogo com óleo de cozinha nunca usem água, porque depois espalha-se e queima-vos - Pois demasiado tarde para isso...o que dizia o resto? - Apenas desliguem o gás e tapem o fogo, para ele não poder comer, pois como vocês ele precisa de comer para viver não é?


Portanto era isso, tinha que tapar o fogo, peguei num cobertor que tinha numa das minhas malas, despejei o seu conteúdo e cobri o Mark com o cobertor, os gritos deles foram abafados, depois de alguns segundos quando levantei o cobertor os decibéis aumentaram e o fogo reacendeu-se, gritando, para ter a certeza que o outro ouvia enrolei-o no cobertor e gritei-lhe:

- Rebola estúpido!

Ele começou a rebolar, mas será que funcionaria?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Carta de Amor

À uns meses fui desafiado a escrever uma carta de amor, e foi o que fiz, e notem que é totalmente e incrivelmente falsa, os sentimentos não são reais, eu é que, quase que tenho vergonha de dizer, leio muitos romances...

Os tempos e assim são reais, mas os sentimentos, nem por isso, não posso expressar isto o suficiente, tal como em tudo o resto, isto é ficção, enfim.

A carta:

Clara
No sexto ano conhecemo-nos e ficamos naturalmente amigos, apesar de  estar numa turma cheia de amigos nenhum era tão bom como tu, ouve uma espécie de clique para mim e, não sei, deve ter havido um clique para ti.
As nossas brincadeiras infantis, as nossas conversam nas aulas, os nossos jogos de futebol! Tudo isso eu adorava e continuaria a adorar fazer actualmente.

Lembras-te das “Phaginas”, dos golos que marcaste e do quanto eu dizia que era fora de jogo, do quanto andávamos fora da escola às voltas, do estudo que fazíamos juntos e, das sandes de chouriço que partilhámos nos intervalos das provas de aferição, nas respostas que partilhávamos por termos espreitado onde não devíamos etc.

De tudo isto me lembro e de muito mais, coisas triviais, os nossos almoços juntos tudo, não existe razão para as numerar a todas mas, dentro do meu cérebro elas estão aqui, na minha memória.

Depois, foste embora, não tenho palavras para descrever o que senti, sem ti (nem outros colegas mas sobretudo tu), sem ti, a solidão preenchia os meus dias, a minha única amiga e tinhas partido, continuavas na mesma escola que eu, separados por apenas uma letra, eu o B e tu o C, os nossos horários incompatíveis, por vezes encontrávamo-nos e a luz brilhava, depois voltava a sair e a escuridão voltava.
Assim, decidi fazer tudo por tudo para ir para a tua turma, consegui, estou no C  mas, por ironia do destino tu saíste da turma, fiquei horrorizado e também irritado.
Quando te vi de volta algo se acendeu na minha mente, não o reconheci, pensei que era saudade, entre abraços lá fui andando na tua turma.
Vejo-te em quase todos os intervalos, cada vez mais a partícula que se tinha acendido ia ficando mais forte.
E, ontem reconheci-a finalmente como amor.
Portanto, amiga, eu amo-te,  sei que és minha amiga mas como reagirás depois deste anuncio não sei, podes também gostar de mim nesse sentido, podes ser minha amiga, podes até ficar horrorizada, sinceramente, não faço a menor ideia, o que sei é que algo vai mudar, não irá ficar tudo igual.
Não me interessa o que sintas, tudo o que quero é a tua felicidade, podes gostar de outra pessoa, eu farei o que for preciso para que essa pessoa goste de ti, sou teu amigo, se quiseres mais alguma coisa mas uma coisa é certa, lutarei sempre pela tua felicidade.
Agora, não te peço que compartilhes os sentimentos, isso é contigo, o que te peço é que leias isto, que entendas, só quero que saibas, ao menos fico sem um peso nas costas.
Amor:

Miguel, o teu amigo




 Um pouco pálido mas percebe-se certo?

Mas é totalmente falso, posso ter tido uma pequena paixoneta à alguns anos, mas já não sinto nada pela rapariga excepto amizade:

Miguel Caldeira

Informação

Agora existe o marcador Contos!
E sabem que mais, que se lixe,  vou editar isto tudo, 6 marcadores mais os titulos das histórias, são eles:
Poemas
Contos
Histórias
Informações
Cartas

Aproveitem e desculpem tantas informações

Conto - Safira no Natal

À alguns meses escrevi dois contos para um concurso de contos de Natal, que ganhei, cumprindo a minha promessa vou metê-los aqui:

Não liguem se a letra estiver diferente já que é um copy past do word, não estou com paciência para escrever tudo de novo:


Não vos posso dizer quando nasci, tão pouco sou capaz de contar quanto tempo estive soterrada na terra, a minha beleza ocultada por camadas e mais camadas de terra, apenas mais uma rocha entre muitas.

Um dia porem o céu sobre mim ficou azul, por entre duas nuvens,  observei primeira vez o astro celestial e ele, vendo-me, fez a sua luz incidir sobre mim.

E eu brilhei, ofuscando tudo à minha volta, nunca uma pedra brilhara tanto, a beleza era minha, nem o mais nobre diamante poderia competir comigo.

Mas infelizmente, como tudo o que é bom, não durou, umas mãos suaves, macias pegaram em mim. Fui elevada no ar até que um olho enorme olhou para mim, era castanho, um castanho puro e claro. De seguida fui cuidadosamente colocado num pequeno bolso, lá dentro havia um anel que reluzia fracamente. Com a pouca luz que entrava lá do alto através daquele rasgo, o anel era dourado (devia ser de ouro). Havia também um selo, amachucado e com as pontas acastanhadas, mas ainda assim, definitivamente um selo.

Não tive tempo de me instalar propriamente bem pois de repente ouve uma vibração intensa, seguida de um ruído que parecia um rugido de um leão, avançámos a toda a velocidade durante meia hora mas, tão subitamente como tinha começado, a vibração parou, impulsionando-me para a frente, furando levemente o casaco do homem.

Escadas foram subidas, portas foram abertas e conversas foram travadas, quando dei por isso estava num envelope, juntamente com o anel e uma folha a ser selada, depois de ser selada ficou tudo escuro e abafado.
O envelope onde me puseram ficou parado, durante horas e horas mas, finalmente foi levado para um grande objecto metálico com asas, um pouco depois, um rugido enorme, muito maior que o de à pouco aconteceu seguido de perto por uma intensa vibração.

Esta vibração era enorme, comparada a de à pouco era como um ronronar de gatinho e pior esta continuou por várias horas, tinha já embatido milhares de vezes quando parou.


E, quando parou respirei aliviado, esperava ser levado dali rapidamente mas não, fiquei ali uns bons 3 dias antes de alguém vir, depois, na alfândega puseram-me numa máquina que lançava raios contra mim, tiraram-me do envelope e prenderam-me ali por 7 dias, depois consegui voltar para o envelope com um grande carimbo vermelho nele.


Não vou narrar o resto das minhas desventuras mas saibam que demorou 21 dias para chegar finalmente à casa do remetente, nessa altura o envelope foi aberto (finalmente, já me faltava o ar), umas mãos finas e frias pegaram e mim e puseram o anel no seu dedo, de seguida a senhora pegou no papel e leu a carta, dizia:

“Minha querida

Como está a correr a tua vida, espero que melhor que a minha, acordámos todos os dias às 6 e atacamos os nossos oponentes, os Holandeses, pelo petróleo, morrem homens todos os dias e a única coisa que me mantém salvo é a memória da tua voz, tão querida, o que me mantém também é a lembrança do teu toque, uma minha luxúria, ter alguém que ame, muitos dos soldados aqui vieram sem ninguém por quem lutar, são os mais desanimados.

Mas isto não é sobre mim, é sobre ti, enviei-te uma bela safira que nem por isso tem uma milésima parte da tua beleza, também te enviei um anel de ouro que, apesar de me ter custado todas as poupanças, não faz nenhuma competição quanto à tua beleza, milhões de vezes maior. "

Mando isto no meu dia de folga, esperando que o recebas em breve, apesar de os correios estarem loucos, tempos de guerra é o que dá, espero em breve estar contigo para depois casarmos.

Adeus, com muito amor, uma infinidade de beijos e um mundo inteiro de carícias:

James Brown
3 de Dezembro de 2010”


Dito isto a rapariga começou a chorar, não percebi porque razão até que vi uma carta amarela sobre uma mesa.


James Brown tinha sido assassinado por trás, perecera ao sair da estação de correios, um militar disfarçado de civil disparou e, 5 tiros depois um homem bravo e cheio de amor morreu.


Nessa altura reparei que dia era, véspera de Natal, olhei à procura das típicas decorações e vi uma árvore, não branca ou verde mas cinzenta, um cinzento triste, não havia decorações excepto uma cruz e velas, entre elas a foto do homem que me tinha recolhido, tinha sido assassinado por minha causa, que descanses em paz

James Brown

O Fim


Um pouco lamechas, não é e o final não é muito natalício, mas ei, valeu-me o prémio!

domingo, 15 de maio de 2011

Informação

Ok, portanto, estive a ler as coisas que escrevi e vejo que são escuras, na verdade...demasiado escuras, para alguém da minha idade, e isso já me causou problemas, portanto, agora, vou escrever coisas mais alegres, podem estar todos com "Ohh!",   não se ponham assim!

O tema muda, a qualidade mantêm-se, agora vou escrever coisas mais alegres!

Admito, a minha escrita era um pouco mórbida, portanto...talvez escreva sobre estes temas, mas, com moderação!

Noutra informação, vou mudar os marcadores, além dos já clássicos 3, vou adicionar agora os títulos da histórias, e já agora, não se preocupem, vou continuar o Survival Night, com o mesmo nível de depressão, mas não esperem grandes updates, e que seja a única coisa que escrevo, é uma excepção, porque não gosto de parar as coisas a meio e gosto de pensar que alguém me lê e quer saber o que acontece a seguir...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Survival Night - Capitulo 4

Tenho pensado muito nos meus colegas, e também em alguns professores. Sei que devem estar todos a dizer "Vá lá, já sabemos que te tratavam mal, avança com isto!", mas  isto é importante, senão para vocês, apenas para mim.

Já vos disse que era maltratado, é um fato , não vou continuar a insistir na mesma coisa,  mas talvez...não tenha sido totalmente justo.

Afinal, quando disse o que disse era uma pessoa diferente, pode parecer estúpido dizer algo assim, tendo apenas passado umas horas, mas aconteceu muito nesse tempo! Percebi que era uma pessoa com emoções, alguém...com humanidade, isso teve um efeito profundo em mim já que sempre achei que se tivesse oportunidade me vingaria, mas este novo eu dentro de mim que acabei de descobrir...está contra isso!

Sim, os meus colegas, nem todos eram mal, além dos que já falei haviam ainda outros bons colegas...a Susy, que com o seu curto cabelo loiro e baixa estatura não me era ameaçadora,  a Joy, que tinha um nome apropriado, estando sempre alegre e contente, e alguns outros, falando nisso, eram só os rapazes e portanto...

Não consigo! Epá, é impossível, sempre que tento, sempre que os tento perdoar, para condizer com a minha humanidade,  sempre que tento... vêm-me à mente tudo o que me fizeram, todos os insultos, todas as injúrias, todas as tapas, tudo! Eu tento, a sério que tento, mas é impossível para mim!

Sim, suponho que isso faça parte da minha humanidade, afinal, não somos perfeitos, mas estou a divagar, tenho trabalho a fazer, trabalho que envolve o Reedy....

O tipo estava ali no chão, deitado e a gemer, tínhamos andado um pouco, antes de ele ter caído...idiota, não conseguia aguentar-se, começava a lamentar tê-lo trazido, outra vez...caramba estou mesmo com lamentações não estou?

De qualquer maneira, o tipo precisava de ajuda, e mesmo daqui conseguia ver uma  pequena poça de sangue, a sujar-lhe a roupa, e como eu sabia, e bem,  o sangue atraia os zombies, portanto tinha que estancar a ferida.

Não ia usar os meus recursos, já os tinha usado uma vez hoje, fora o rapaz que se magoara, eu ia ajudá-lo, mas com os seus recursos, aproximei-me da mochila dele a abri-a.

Não tinha nada de jeito, diga-se de passagem, não que eu estivesse à espera, quando forçados a fugir as pessoas enchem os bolsos com tralhas e porcarias que têm valor para essas pessoas, mas não são práticas, enfim, lá encontrei alguma coisa...

Um isqueiro, óleo, álcool e um agrafador...não me perguntem porque é que ele tinha essas coisas lá, mas tinha, o que fazer?

Bem, teoricamente poderia operar com aquilo, embora não fosse assim tão fácil na prática, se bem me lembrava primeiro tinha que lavar a ferida, este pelo menos trazia algo que poderia ser usado,  mas no que molhar o álcool?

Tudo o que tinhamos estava sujo, o que quer que  utiliza-se anularia o efeito do álcool, suspirei, teria que utilizar algo meu,  uma gaze...seria assim tão grave?

Rasguei a camisa do rapaz,  mostrando...não vou mentir, um tronco nada atraente, o fio de sangue que saia  de  um dos cantos, virei o rapaz de lado e vi a extensão da ferida...

Não era muito larga. nem era muito funda, mas estava num tom quase esverdeado, tinha infectado, como era possível infectar em tão pouco tempo? Não tinha tempo para pensar nisso...

Molhei a gaze em álcool, e o rapaz gritou! Mas não gritou só, começou a agitar-se, tinha estado quase numa inconsciência, ali no limbo, mas a dor era demasiada, tinha acordado.

Começei aos pontapés, acertando-lhe repetidamente na cara, mais precisamente no nariz, até que ele eventualmente desmaiou, tinha exagerado, mas estava assustado e no limite, tinha agora outra ferida para tratar...


Então o que acham? Esta é a primeira parte da operação a Reedy, a próxima virá brevemente!



Edit de 15 de Maio de 2011: Como agora existem os marcadores com o título das histórias não faz sentido por um link para o capitulo anterior...portanto a partir deste momento já não existirão...