segunda-feira, 9 de maio de 2011

Survival Night - Capitulo 4

Tenho pensado muito nos meus colegas, e também em alguns professores. Sei que devem estar todos a dizer "Vá lá, já sabemos que te tratavam mal, avança com isto!", mas  isto é importante, senão para vocês, apenas para mim.

Já vos disse que era maltratado, é um fato , não vou continuar a insistir na mesma coisa,  mas talvez...não tenha sido totalmente justo.

Afinal, quando disse o que disse era uma pessoa diferente, pode parecer estúpido dizer algo assim, tendo apenas passado umas horas, mas aconteceu muito nesse tempo! Percebi que era uma pessoa com emoções, alguém...com humanidade, isso teve um efeito profundo em mim já que sempre achei que se tivesse oportunidade me vingaria, mas este novo eu dentro de mim que acabei de descobrir...está contra isso!

Sim, os meus colegas, nem todos eram mal, além dos que já falei haviam ainda outros bons colegas...a Susy, que com o seu curto cabelo loiro e baixa estatura não me era ameaçadora,  a Joy, que tinha um nome apropriado, estando sempre alegre e contente, e alguns outros, falando nisso, eram só os rapazes e portanto...

Não consigo! Epá, é impossível, sempre que tento, sempre que os tento perdoar, para condizer com a minha humanidade,  sempre que tento... vêm-me à mente tudo o que me fizeram, todos os insultos, todas as injúrias, todas as tapas, tudo! Eu tento, a sério que tento, mas é impossível para mim!

Sim, suponho que isso faça parte da minha humanidade, afinal, não somos perfeitos, mas estou a divagar, tenho trabalho a fazer, trabalho que envolve o Reedy....

O tipo estava ali no chão, deitado e a gemer, tínhamos andado um pouco, antes de ele ter caído...idiota, não conseguia aguentar-se, começava a lamentar tê-lo trazido, outra vez...caramba estou mesmo com lamentações não estou?

De qualquer maneira, o tipo precisava de ajuda, e mesmo daqui conseguia ver uma  pequena poça de sangue, a sujar-lhe a roupa, e como eu sabia, e bem,  o sangue atraia os zombies, portanto tinha que estancar a ferida.

Não ia usar os meus recursos, já os tinha usado uma vez hoje, fora o rapaz que se magoara, eu ia ajudá-lo, mas com os seus recursos, aproximei-me da mochila dele a abri-a.

Não tinha nada de jeito, diga-se de passagem, não que eu estivesse à espera, quando forçados a fugir as pessoas enchem os bolsos com tralhas e porcarias que têm valor para essas pessoas, mas não são práticas, enfim, lá encontrei alguma coisa...

Um isqueiro, óleo, álcool e um agrafador...não me perguntem porque é que ele tinha essas coisas lá, mas tinha, o que fazer?

Bem, teoricamente poderia operar com aquilo, embora não fosse assim tão fácil na prática, se bem me lembrava primeiro tinha que lavar a ferida, este pelo menos trazia algo que poderia ser usado,  mas no que molhar o álcool?

Tudo o que tinhamos estava sujo, o que quer que  utiliza-se anularia o efeito do álcool, suspirei, teria que utilizar algo meu,  uma gaze...seria assim tão grave?

Rasguei a camisa do rapaz,  mostrando...não vou mentir, um tronco nada atraente, o fio de sangue que saia  de  um dos cantos, virei o rapaz de lado e vi a extensão da ferida...

Não era muito larga. nem era muito funda, mas estava num tom quase esverdeado, tinha infectado, como era possível infectar em tão pouco tempo? Não tinha tempo para pensar nisso...

Molhei a gaze em álcool, e o rapaz gritou! Mas não gritou só, começou a agitar-se, tinha estado quase numa inconsciência, ali no limbo, mas a dor era demasiada, tinha acordado.

Começei aos pontapés, acertando-lhe repetidamente na cara, mais precisamente no nariz, até que ele eventualmente desmaiou, tinha exagerado, mas estava assustado e no limite, tinha agora outra ferida para tratar...


Então o que acham? Esta é a primeira parte da operação a Reedy, a próxima virá brevemente!



Edit de 15 de Maio de 2011: Como agora existem os marcadores com o título das histórias não faz sentido por um link para o capitulo anterior...portanto a partir deste momento já não existirão...

1 comentário:

  1. Miguel, o que eu acho de verdade: você precisa escrever tudo isso que está inventando. Leve a história até o fim e depois releia tudo, e avalie o que pode melhorar. Seu texto me parece um pouco apressado. Como se você quisesse contar muita coisa ao mesmo tempo, e acaba se enrolando. A parte do conflito do rapaz (já esqueci o nome dele, e isso não é bom sinal), os sentimentos dele, a moralidade, está ficando boa. Mas cadê os zumbis? Onde o rapaz está? no mato? na cidade? quanto tempo se passou? essa parte de contextualização e verdadeira ação está um pouco frouxa e o leitor fica perdido. O que ele injetou em si mesmo? Que efeito teve além de fazê-lo sangrar? Esse Reedy ainda não mostrou a que veio. Até agora é um estorvo inútil. Não serve nem para justificar a humanidade e moralidade do rapaz.
    Minha sugestão é essa: escreva tudo e depois re-escreva tudo de novo, quantas vezes forem necessárias para a história ficar consistente. Você já está no capítulo 4 e eu ainda não entendi qual é o problema que o rapaz tem que resolver, e não consegui vislumbrar os rumos possíveis. Até agora, você está andando em círculos, correndo atrás de si mesmo. Nem posso lhe dizer se acho a ideia boa, porque não consegui descobrir qual é o tema, o objetivo, o motivo de você estar escrevendo essa história. Mas vamos lá, seja teimoso e prossiga, do jeito que der, até o fim. Só tem um jeito de deixar de ser escritor iniciante: escrevendo muito! Como dizemos aqui no Brasil: manda ver!
    Um abraço

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