quarta-feira, 27 de abril de 2011

Survival night - Capitulo 2

O link para o capitulo anterior:

http://themiguelcaldeira.blogspot.com/2011/04/survival-night-capitulo-1.html


E ali estava eu...no meio da estrada, vulnerável, sim pois...tinha tido um problema, e se vocês, que estão a ler isto olham com um ar presunçoso então vão-se lixar, porque o problema não é nada que não possa resolver.

O problema que me ocorreu é que não estava apresentável para os zombies, não, não é nada de visual porque os zombies são cegos, é uma questão de sobrevivência, o ideal seria ter uma altura mediana, uma força considerável, uma grande resistência e um sono regulado, além claro de um cabelo rapado, a altura é algo que não pode ser remediado, mais um presente dos meus "queridos" pais, a a força e resistência não são algo que possa crescer em segundos naturalmente, não sou o Hulk, mas haviam outros meios, meios ilegais e perigosos, a minha racionalidade dizia-me para não o fazer, a minha fobia a agulhas também me tentava impedir mas isto era sobrevivência, nua e crua, teria que fazer o impensável, puxando as mangas para trás abri a mala, isto era louco, mas tinha que o fazer, abri um dos frascos que tinha e puxei uma agulha de dentro de um bolso, esta coisa sempre me causara arrepios, tinha que os dominar, colocando a agulha no frasco e retirando-a fechei os olhos e espeitei-a no braço

Gritei! A dor era intensa, imensa e gráfica, fez-me ajoelhar, seguindo os instintos retirei a agulha do braço e lancei-a para longe, ela rebolou, deixando para trás uma pálida mancha de sangue, não sabia o que fazer, em teoria e nos livros era fácil, apenas se espetava a agulha e se injectava, mas aqui nunca esperara nada disso, era demais, a ferida sangrava e eu estava indefeso, tinha que sair dali, ou seria uma presa fácil!

Centímetro a centímetro lá fui, os zombies são atraidos pelo cheiro de sangue, e o seu olfacto é óptimo, a estrada era relativamente larga, com espaço para dois carros irem lado a lado, mas estava sobre uma ligeira inclinação, sendo o campo em redor composto de pequenas valas e árvores, finalmente sai e deixei-me deslizar numa.

Apoiando-me sobre a parede da cova vi o braço, estava ensanguentado e tinha deixado um traço de sangue, raios, tinha que escapar, muita gente pensa que um torniquete para o sangue, mas na verdade impede o fluxo para a parte do corpo a que está atada, fazendo as pessoas perder o membro, não o ia fazer, mas felizmente tinha um kit de primeiros socorros na mala, tentaria poupá-lo, mas isto era uma emergência.

Com tudo pronto voltei para a estrada e comecei a pensar, onde me abrigaria depois de me afastar, o Hospital era uma má hipótese, bastava um doente morder alguém e toda a gente ficava infectada, uma mercearia era melhor, tinha comida, mas seria difícil de fortificar e vários sobreviventes os quereriam, uma base militar é o que muita gente tentaria atingir, mas não penso ir para lá, não me dou muito bem com hierarquias, casa era a melhor opção, começava a sentir pena de ter saído de lá, talvez devesse voltar.

Comecei a virar-me, apenas para ver alguém ao longe, parecia estar ferido, os meus sentidos cívicos mandavam-me ir ter com ele, mas solidão era a chave para a sobrevivência, menos recursos, mesmo assim, uma pessoa...mas o que me garantia que não fosse alguém infectado?

Não podia simplesmente ignorar a pessoa e fui até lá, curioso olhei para a pessoa, era um rapaz, de estatura mediana, olhos castanhos cabelo curto preto, a seu lado tinha uma mala azul escura caida a seu lado e uma bicicleta meio caída numa vala a seu lado, sem lhe dar tempo para fazer nada preguei um pontapé na cara do rapaz.

Uma coisa insensível a fazer eu sei, mas fazia sentido, assim se fosse uma ameaça não me atacaria, depois despi-o, podem pensar que foi algo gay a fazer mas foi para procurar marcas, pervertido de um raio, quando vi que o rapaz estava livre acordei-o.

Depois de umas questões irritantes que me fizeram querer baleá-lo na cara ele finalmente entendeu a situação e combinámos ficar juntos...por enquanto, o nome do rapaz (mais velho que eu por um ano) era Mark ou como ele insistia Reedy.

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