terça-feira, 14 de junho de 2011

Brain Freeze - Capitulo 2

Ok, agora que sabem dos meus poderes posso falar-vos de outras coisas...

À alguns meses fizeram-me o primeiro teste de poderes....

Deixem-me explicar, de 6 em 6 meses criam uma situação para nós resolver-mos, de coisas simples, como um roubo, a coisas complicadas, como um meteoro, sim, não perguntem....

Quando me apareceram os poderes, marcaram logo o primeiro teste, esperava que funcionasse....devia saber melhor.

O cenário era simples, fácil até, um ladrão estava a assaltar uma rapariga, devia ajudar...

Entrei na cidade, sem saber para onde ir, o poder do meu primo não parecia-me tão mau agora, já que pelo menos poderia procurar, o tempo passava, suor escorria-me, sabia que estava a ser observado, e que falhava a olhos vistos, comecei-me a mover...

Não sei por quanto tempo vagueei, cada esquina me parecia igual, cada canto, parecido, tentei encontrar marcas, um pouco de lixo nesta esquina, um arranhão na parede, mas tudo se desvanecia, tudo era um cinzento sujo, finalmente, ouvi um grito...

gelei, com apenas o grito como apoio corri na direcção de onde julguei ouvi-lo, virei por uma má esquina, dobrei um canto e sim! Ali estava um homem com uma navalha de mola, no pescoço de uma jovem, agora era preciso cuidado, um erro poderia ser fatal...

Mas não tinha paciência, saltei imediatamente, a  adrenalina a fazer as minhas mãos brilharem, se tocasse na pele do homem matava-o, mas felizmente errei.

Ao ver as minhas mãos o homem entrou em pânico, e começou a correr largando a navalha, depois de reconfortar a rapariga, comecei a seguir o homem.

Não era muito difícil,  o homem soluçava e corria demasiado depressa, caindo constantemente, depois de alguns minutos ele parou, e correu para uma porta.

Entrou e ouvi-a a ser trancada, olhei para ela, era uma dessas casas de banhos publicas que custam 25 cêntimos para usar, ouvia soluçar lá dentro, o eco a tornar o som mais alto.

Não ia pagar para entrar, indo até ao fundo da casa de banho fiz as mãos brilharem e toquei no metal...

Ele derreteu imediatamente à volta das minhas mãos, mexendo-as numa forma de ferraduta, o que implicava ajoelhar-me, finalmente abri uma porta...

O criminoso estava ajoelhado, em posição fetal, a chorar, pediu-me para lhe poupar a vida, peguei-lhe e depois esperei, à espera do resultado... sabia que me tinham observado...

Enquanto esperava fui até ao canto e o coiso das moedas brilhou, o criminoso estava demasiado assustado para fugir, e aquilo estava a convidar-me...

Premi as mãos e derreti um buraco, depois comecei a tirar moeda e a metê-las nos bolsos, finalmente apareceram pessoas à minha espera...e fui lá ter com elas...

E sabem o que fizeram? Fizeram-me tirar todas as moedas dos bolsos, depois deram-me um sermão!

Disseram que tinha passado, uma vez que tinha apanhado o ladrão mas que fora por 52% !

Os adultos às vezes são tão injustos...


O tipo com os poderes

Sem comentários:

Enviar um comentário